Paz e Amor!

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sábado, janeiro 8

Caatingueiro Destemido






Caatingueiro Destemido

 
Este povo caatingueiro
Destemido qual leão
Não se deixa abater
Nem sofrer de solidão
Pela vida tão valente
Ele só fica contente
Quando brilha a plantação!


Falta d'água não intimida
O sol quente não atrapalha
E se a fome dói na alma
Quando come só migalha
Vejo brilhar no seu rosto
Um sorriso de bom gosto
Afiado que nem navalha


O cachimbo está vazio
A viola foi assentada
Não tem um tostão no bolso
Pra tomar u'a talagada
Que serve como alimento
Enquanto tira o sustento
Da sua terra amada


A mula tá manquejando
Pois já não tem ferradura
O bode ficou doente
De só comer rapadura
E ele está preocupado
Pois pra banda do seu lado
A coisa tá muito dura


Até o chiqueiro vazio
Coisa que nunca se viu
A lama esturricada
Todo o solo se abriu
Parecendo que a vida
Se esqueceu da sua lida
E foi embora, partiu!


A vida tem os seus ciclos
Um é bom o outro é ruim
E o que hoje se vê triste
Um dia terá o seu fim
Pois isto é a lei da vida
Que nos propõe uma lida
Cheirosa que nem alecrim


Co'a bênção,Senhor do Bonfim!

bjs,soninha



Um comentário:

Arnoldo Pimentel disse...

Muito bom mesmo o poema, parabéns e lindo domingo pra você.Beijos.

Paz!