Sociedade Brasileira de Hipertensão alerta que 3,5 milhões de crianças e adolescentes tem o problema
Conhecido como um dos maiores fatores de risco de mortalidade em todo o mundo, a hipertensão arterial afeta 40% da população, como aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, esse percentual chega a 50%. Outro número relevante é o de jovens brasileiros que sofrem com a doença, um total de 3,5 milhões, conforme os dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Alexandre Bahia, cardiologista do Americas Medical City, explica que estudos recentes demonstram que jovens entre os 20 e 40 anos estão apresentando mais problemas cardiovasculares em decorrência da hipertensão, inclusive alguns dos mais graves, como o infarto do miocárdio. “Nos últimos anos, o número de crianças e adolescentes hipertensos tem aumentado de forma expressiva. Os fatores estão intimamente relacionados à obesidade, ao sedentarismo e a uma alimentação baseada excessivamente em comidas industrializadas”, informa o especialista.
O médico observa ainda que, por se tratar de uma doença silenciosa – ou seja, que nem sempre apresenta sintomas –, o número de casos confirmados pode ser subnotificado, o que é visto como um ponto de atenção. “Se o jovem sofre com a hipertensão e não sabe que tem o problema, os riscos de um infarto do miocárdio, por exemplo, se potencializam com o passar do tempo e a falta de acompanhamento especializado”, alerta.
Prevenção
Alexandre enxerga com preocupação o cenário de problemas de hipertensão entre os mais jovens e indica o cuidado com a saúde em todas as fases da vida. “Temos que alertar a sociedade sobre a importância da prevenção para a redução das estatísticas atuais. O antigo chavão ´é melhor prevenir do que remediar’ nunca esteve tão em evidência”, diz o especialista.
De acordo com o médico, hábitos saudáveis, como praticar atividade física, não fumar, evitar gorduras saturadas e consumir frutas, verduras e legumes, são fundamentais no combate a esse e a outros males. E a falta de tempo não é mais desculpa para não se cuidar: uma simples caminhada de 30 minutos, ao menos quatro vezes por semana, poderá trazer diversos benefícios à saúde.
O cardiologista destaca ainda a confusão que existe entre prevenção e diagnóstico precoce. “A prevenção tem, sim, o poder de evitar a doença. Já após o diagnóstico do problema, o paciente deverá seguir as orientações médicas”, finaliza o especialista.
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