Quando se pega
o caminho reto
dos setenta,
ileso, sobrevivente
e salvo
dos vendavais,
cada vez mais discreto,
o homem reduz a pressa,
sentindo, pressentindo
o tempo por um fio
das primaveras finais...
Setenta?
o rumo fica
mais correto,
a esperança segue
na frente
da caminhada regressa;
na olimpíada da vida,
fuja do fracasso,
não se detenha na curva
do desânimo, se agaselhe desse frio,
evite reclamação, abrigue-se no abraço,
de quem puder acompanhar
seu passo...
ah! vai ter que marchar
no compasso do amor.
*Ivone Boechat*
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