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terça-feira, abril 12

Gripe



O que é?

É uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza. Ela pode afetar milhões de pessoas a cada ano. É altamente contagiosa e ocorre mais no final do outono, inverno e início da primavera – de abril a setembro no hemisfério sul. Também é responsável por várias ausências ao trabalho e à escola, além de poder levar à pneumonia, hospitalização e morte. As epidemias de gripe normalmente tem seu pico em duas semanas e duram 2 a 3 meses.

Existem três tipos deste vírus: A, B e C. O vírus Influenza A pode infectar humanos e outros animais, enquanto que o Influenza B e C infecta só humanos. O tipo C causa uma gripe muito leve e não causa epidemias.

De uma maneira geral, o vírus influenza ocorre de maneira epidêmica uma vez por ano. Qualquer pessoa pode se gripar. Contudo, as pessoas com alguma doença respiratória crônica, com fraqueza imunológica, imunidade enfraquecida e idosos têm uma tendência a infecções mais graves com possibilidade de complicações fatais.

Os sintomas da gripe são mais graves do que os do resfriado.

O vírus Influenza tem uma "capa" (revestimento) que se modifica constantemente. Isto faz com que o organismo das pessoas tenha dificuldade para se defender das agressões deste microorganismo, ficando também difícil desenvolver vacinas para proteção contra a infecção causada por ele.

Por isso, a gripe é um dos maiores problemas de saúde pública.

Como se desenvolve?

Diferentemente do resfriado que, na maioria das vezes, se dissemina pelo contato direto entre as pessoas, o vírus Influenza se dissemina, principalmente, pelo ar. Quando a pessoa gripada espirra, tosse ou fala, gotículas com o vírus ficam dispersas no ar por um tempo suficiente para ser inaladas por outra pessoa.

No revestimento do nariz da pessoa que foi contaminada, ele se reproduz e se dissemina para a garganta e para o restante das vias aéreas, que inclui os pulmões, causando os sintomas da gripe.

Menos freqüentemente, a doença se dissemina pelo toque (mão contaminada com o vírus) do doente na mão de um indivíduo sadio que, ao levar a mão à boca ou ao nariz, se contamina.

Um dia antes da pessoa experimentar os sintomas da doença, ela já pode contagiar outras. Poderá contaminar por até 7 dias após início dos sintomas - crianças até mais que isso.

O que se sente?

Gripe não é resfriado. A gripe é uma doença com início súbito e mais grave que o resfriado comum. Ela compromete de maneira significativa o estado geral da pessoa, diferentemente do resfriado que geralmente só compromete o nariz e a garganta. O período de incubação – tempo entre o contágio e o início dos sintomas da doença – é de 1 a 4 dias.

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Sintomas:

febre
calafrios
suor excessivo
tosse seca - pode durar mais de duas semanas
dores musculares e articulares (dores no corpo) - podem durar de 3 a 5 dias
fadiga - pode levar mais de duas semanas para desaparecer
mal-estar
dor de cabeça
nariz obstruído
irritação na garganta

Alguns ou todos os sintomas supracitados podem estar presentes.

A doença costuma ceder completamente dentro de uma ou duas semanas. A febre pode durar 3-8 dias.

Nos idosos, a fraqueza causada pela gripe poderá durar várias semanas.

Geralmente, a gripe cursa sem complicações e é autolimitada. No entanto, uma das complicações possíveis é a pneumonia – normalmente, não pelo vírus Influenza, mas por uma bactéria (pneumococo ou estafilococo, geralmente).

Além da pneumonia, outras infecções como sinusite, otite e bronquite (infecção dos brônquios – “canos” que espalham o ar nos pulmões) também são complicações possíveis. As pessoas com mais de 65 anos, de qualquer idade com alguma doença crônica e as crianças muito pequenas tem uma probabilidade maior de desenvolver complicações de uma gripe. Por outro lado, a gripe pode também desencadear uma piora em pessoas asmáticas ou com bronquite crônica e piora da condição de uma pessoa com insuficiência do coração, por exemplo. Existem outras complicações infreqüentes e graves que podem ocorrer.

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Como o médico faz o diagnóstico?

O médico faz o diagnóstico através dos sinais e sintomas referidos pelo paciente e com o auxílio do exame físico. Contudo, isto não é fácil já que os sintomas iniciais da doença podem ser similares àqueles causados por outros microorganismos em outras doenças. Por isso, existem exames que podem ser feitos – só são usados em casos de epidemias ou quando o médico julgar importante para o manejo da situação – para confirmar a doença. Estes exames podem ser realizados com a análise da secreção respiratória (um “raspado” da garganta feito com um cotonete ou uma secreção do nariz) nos 4 primeiros dias da enfermidade ou através de exame de sangue. Existem também os chamados testes rápidos (detecção do antígeno viral) que podem confirmar a doença dentro de 24 horas.

Se o médico suspeitar de complicações causadas pelo vírus influenza, também poderá solicitar estes testes complementares.

A radiografia do tórax também auxiliará o médico quando este suspeitar de uma pneumonia como complicação da gripe ou de outro diagnóstico. Contudo, nem sempre será fácil para o médico diferenciar entre uma pneumonia causada pelo próprio vírus da gripe e uma pneumonia bacteriana pós-gripe, apesar dos exames complementares disponíveis.

Como se trata?

Caso os sintomas da doença tenham se apresentado a menos de dois dias, o doente poderá discutir com o seu médico a possibilidade de se usar um tratamento anti-viral.

O indivíduo enfermo deverá fazer repouso, evitar o uso de álcool ou fumo, procurar se alimentar bem e tomar bastante líquidos, além de usar medicações para a febre e para a dor e, também, para a melhora dos sintomas do nariz, como a coriza (corrimento do nariz) ou congestão nasal.

Retorno às atividades normais somente após os sintomas terem ido embora.

Para combater e prevenir a gripe pelo vírus influenza do tipo A, a amantadina poderá ser empregada em crianças com mais de 1 ano de idade. A rimantadina é outra opção nestes casos. Entretanto, para tratamento ela só poderá ser usada em adultos. Estes dois medicamentos anti-virais podem ajudar no processo de cura desde que utilizados nas primeiras 48 horas da doença.

Existem novos anti-virais eficazes chamados de inibidores da neuraminidase , que têm a vantagem de, além de combater o vírus A, tratar a doença causada pelo vírus B. Também devem ser iniciados dentro das primeiras 48 h da doença para serem eficazes. Podem ser usados por comprimido ou xarope, ou via inalatória.

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Como se previne?

A melhor maneira de se proteger da gripe é fazer a vacinação anual contra o Influenza antes de iniciar o inverno, época em que ocorrem mais casos. Ela pode ajudar a prevenir os casos de gripe ou, pelo menos, diminuir a gravidade da doença. Sua efetividade entre adultos jovens é de 70-90%. Cai para 30-40% em idosos muito frágeis – isso porque estes têm pouca capacidade de desenvolver anticorpos protetores após a imunização (vacinação). Contudo, mesmo nesses casos, a vacinação conseguiu proteger contra complicações graves da doença como as hospitalizações e as mortes. A proteção da vacina também dependerá da similaridade da cepa viral que foi utilizada na vacina e da que está circulante no ano.

A vacina nos adultos e crianças maiores é aplicada no músculo do ombro e nas crianças menores é aplicada na coxa. Nas crianças menores de 9 anos que estão recebendo a vacina pela primeira vez, deve-se fazer duas doses da vacina com um intervalo de 1 mês. Uma a duas semanas após a vacinação, anticorpos já são produzidos pelo organismo e a proteção inicia.

Normalmente, a vacinação é bem tolerada. Os efeitos indesejáveis mais freqüentes são a dor e vermelhidão no local da injeção. Em menos de 5% dos vacinados, febre baixa, dor de cabeça ou dor no corpo podem ocorrer 8-24h após a vacinação. Outros efeitos adversos são muito raros.

Devemos salientar que a vacinação não causa a doença, uma vez que é composta por vírus mortos. Atualmente, se estuda o uso de uma vacina para aplicação dentro do nariz.Conforme determinação do Ministério da Saúde:

VACINAR

todas as pessoas com 60 anos ou mais
pessoas adultas (mesmo grávidas ou amamentando) ou com mais de 6 meses de idade portadoras de doenças crônicas do coração, pulmões ou rins
desabrigados, co-habitantes de pessoas de alto risco (incluindo crianças a partir dos 6 meses), diabéticos e pessoas com doenças da hemoglobina (do sangue)
pessoas imunocomprometidas: com câncer, infecção pelo HIV, transplantados de órgãos ou que receberam corticóides, quimioterapia ou radioterapia
residentes de clínicas, indivíduos com internações prolongadas, trabalhadores da área da saúde e moradores de asilo
familiares e pessoas que lidam com indivíduos com alto risco de ficarem doentes
gestantes no segundo ou terceiro trimestre durante época do ano em que a gripe é freqüente ou grávidas que tenham alguma condição médica que represente um maior risco de complicação após uma gripe
crianças entre 6 meses e 18 anos que fazem uso de ácido acetilsalicílico a longo prazo (têm uma chance de apresentar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye após uma gripe)

NÃO VACINAR

pessoas que tiveram uma reação prévia a esta vacina contra a gripe
pessoas que já tiveram uma reação alérgica a ovos de galinha, neomicina ou timerosal
indivíduos que tiveram uma desordem caracterizada por paralisia chamada de Síndrome de Guillain-Barré, em que se suspeitou que tivesse sido após uma vacina anti-Influenza
pessoas com alguma doença febril atual
primeiro trimestre da gravidez


Além da vacinação, os anti-virais podem ser usados como preventivos quando indicados pelo seu medico.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico 
- A pessoa gripada deverá ficar afastada de suas atividades normais por quanto tempo?
- O indivíduo que se vacinou contra a gripe poderá apresentar a doença no mesmo ano?
- O que é ‘antigenic drift’ e ‘antigenic shift’?
- O adulto sadio com menos de 60 anos pode se beneficiar do uso da vacina anual?
- O uso de vitamina C pode ajudar no tratamento ou prevenção da doença?

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