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quinta-feira, agosto 5

SAUDADE VAZIA


 SAUDADE VAZIA


Desde muito chorava o belo filho morto,
Num desastre de mar em suntuoso falucho…
Triste, a fidalga anciã vivia em pranto e luxo,
No esplêndido solar ao pé de velho porto…
                       
Certo dia, a criada, em rijo desconforto,
Dá-lhe um pobre enjeitado, um magro pequerrucho.
Ela clama: “Não quero! Isto é morcego e bruxo,
Tem na face de monstro o nariz feio e torto!… 

E a dama solitária, em angústia insofrida,
Atravessou a morte e acordou noutra vida,
Buscando, ansiosa e rude, a afeição do passado…

Debalde soluçou, na lição do destino…
Ao desprezar na Terra o infeliz pequenino,
Recusara, orgulhosa, o filho reencarnado. 

Jorge Faleiros


(Da obra “Poetas Redivivos”, psicografia de Chico Xavier, Editora FEB – Federação Espírita Brasileira)

bjs,soninha

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