Apesar de não ser uma alteração comportamental comum, pode estar presente e por questões sócio-culturais representa grande preocupação e angústia.
De uma maneira geral, essas manifestações felizmente são esporádicas e raras.
Os distúrbios mais comuns na conduta sexual são: a masturbação, exposição de genitais e o ato de despir-se em público.
A grande advertência a ser feita, diante de um comportamento sexual inadequado, é que se verifique se esse comportamento não está ligado a alguma necessidade natural e não sexual.
O paciente demenciado geralmente comporta-se inocentemente, sem malícia e, por ter perdido o senso de crítica, vergonha e pudor pode estar comportando-se inadequadamente no sentindo de apenas e tão somente provocar o seu bem-estar.
Uma senhora pode tirar a blusa em público porque está apertada ou porque está com muito calor, um homem pode estar manipulando seus genitais para aliviar-se de uma coceira ou irritação naquela região, ou pode abaixar as calças porque quer urinar.
Esses exemplos demonstram que a primeira coisa a ser feita é raciocinar tentando associar o comportamento a algum fato correspondente.
A atitude a assumir é encarar esses distúrbios com naturalidade e racionalidade. O enfrentamento do episódio com tranqüilidade, distraindo o paciente com algum objeto ou antecipando a hora do banho pode ser eficaz.
Uma outra advertência diz respeito a episódios onde estão envolvidas crianças. Ao presenciarmos um paciente apresentar conduta sexual inadequada diante de uma criança, devemos ter muito controle sobre a nossa reação, pois, se for por demais ríspida e intolerante, poderemos estar assustando e prejudicando a criança que, sem compreender bem o que está acontecendo, dificilmente esquecerá o episódio, acarretando evidentes prejuízos para o desenvolvimento de sua personalidade.
Outro aspecto diz respeito às condutas sexuais que se repetem com freqüência. Talvez até por reflexo condicionado o paciente leva a mão aos genitais freqüentemente e tentar distraí-lo é a primeira providência a ser adotada.
Certos familiares costumam simplesmente dizer rispidamente “não faça isso !” e relatam que depois de algum tempo esse episódio desaparece.
Um fato que devemos levar em conta é que a necessidade de contato físico pode estar desencadeando essas manifestações e, portanto, se aumentamos o contato físico com afagos e carinhos, estaremos minimizando essa necessidade e diminuindo a ocorrência desses distúrbios comportamentais.
Algumas vezes a freqüência dessas alterações é tão grande que acaba por determinar a impossibilidade de convívio.
Várias abordagens para o enfrentamento de comportamentos sexuais exacerbados têm sido propostas. O método de punição e recompensa em que, à medida que o paciente se comporta inadequadamente, é punido com a retirada de algo que goste e, em contrapartida é recompensado quando se comporta bem, tem sido utilizado. Apesar de termos restrições quanto ao mérito desse método, em virtude de podermos estar criando um relacionamento condicionado e por vezes imutável, alguns autores e cuidadores o preconizam.
fonte:AlzheimerMed
bjs,soninha
Um comentário:
Obrigado por citar a fonte do meu artigo.
Cordialmente
Dr.Norton Sayeg
www.alzheimermed.com.br
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