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quinta-feira, outubro 13

A TERCEIRA IDADE E A AIDS


Doenças podem se agravar com o uso dos anti-retrovirais 
Embora os procedimentos para o tratamento de pessoas vivendo com aids com mais de 60 anos sejam os mesmos previstos no Consenso Brasileiro do Ministério da Saúde para adultos, percebe-se que algumas doenças comuns à Terceira Idade podem se tornar mais graves com o uso freqüente dos anti-retrovirais. A médica Valéria Ribeiro Filho explica que há uma tendência de maior fragilidade do sistema imunológico nesta faixa etária. Segundo ela, “são pessoas mais sujeitas a pneumonias e gripes, tanto que tomam vacinas para se prevenir. Doenças como a osteoporose, por exemplo, costumam se intensificar com o uso de anti-retrovirais, o que torna necessário um reforço de cálcio para esses pacientes”. No caso das mulheres, observase que a menopausa é mais precoce, mas a médica do hospital da UFRJ ressalta que faltam pesquisas para confirmar cientificamente essa hipótese.

A psicóloga Marlene Zornetta, que está estudando o comportamento de pacientes da Terceira Idade infectados pelo HIV, observa que essas pessoas, em alguns momentos, apresentam características semelhantes aos adolescentes: “Eles são preconceituosos e temerosos em revelar sua condição de soropositivos para o HIV, dificultando o trabalho psicológico em grupo”. Quanto à adesão ao tratamento, tanto Marlene quanto Valéria afirmam que a disciplina com os anti-retrovirais é uma característica pessoal e não varia conforme a faixa etária: “A adesão ao tratamento está relacionada a diversos fatores individuais, e não à faixa etária. Essa atitude positiva ao tratamento é uma decisão de cada paciente”, destaca a psicóloga. SV

Grupo de apoio ajuda a transformar a vida

No Rio Grande do Sul, J.L.X, de 60 anos, trabalhava em uma creche como cozinheira quando descobriu ser soropositiva. Casada quatro vezes, J.L.X.tem oito filhos e vários netos. “Quando minha filha mais nova soube que eu vivia com HIV, entrou em pânico. Eu consegui acalmá-la, explicando que iria viver a partir dali da melhor maneira possível”. Assim, J.L.X.obteve total apoio familiar. Com a saúde estabilizada, ela entrou para um grupo de apoio, o Com Vida. “Quando entrei no grupo, me senti ainda mais apoiada. Hoje, consegui me transformar em outra pessoa”, afirma com orgulho.

Receio de expor a família

T*, 61 anos, sabe que tem o vírus há sete anos e nunca contou para as filhas. Ela trabalha como empregada doméstica e seu patrão também é soropositivo. T*foi quem aconselhou o rapaz a fazer o teste e cuidou dele depois que veio o diagnóstico positivo. Contudo, nunca contou para ele que também é soropositiva.

No corredor do Hospital da UFRJ, histórias como a de T* se repetem.

A* está perto dos sessenta e apenas seus filhos conhecem seu diagnóstico: “tenho medo do preconceito, de ser apontada na rua”, revela. Sentado ao seu lado, um homem bem humorado de 67 anos diz que os seus seis filhos sempre o apoiaram. Entretanto, J* não pretende contar a mais ninguém porque também não quer expor a sua família a algum tipo de discriminação.

Evangélico e aposentado, hoje ele se dedica a inúmeros trabalhos comunitários: “a aids fez com que eu pensasse um pouco mais em mim. Passei a viver mais intensamente”.

Em vários serviços de saúde do Brasil é possível encontrar pessoas como J.L.X.*, T*, J* e A*. 

Suas histórias mostram que a epidemia de aids é uma realidade entre esta faixa etária. Só não vê quem não quer.
 Fonte:

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abçs,

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