Paz e Amor!

Paz e Amor!
Sol...Calor!

terça-feira, maio 1

Faça trabalho voluntário na terceira idade



RIO - Para fazer trabalho voluntário, não é preciso ser jovem. Disposição e solidariedade são os ingredientes indispensáveis nesse trabalho que vem crescendo cada vez mais em todo mundo, principalmente na terceira idade. Além de ser uma oportunidade dos idosos se manterem ocupados, a atividade tem um nobre objetivo: ajudar o próximo.

Conhecida como "Vovó Lili", Lindaura Luzia da Conceição Farias, de 61 anos, é uma daquelas pessoas especiais. Há trinta anos ela trabalha como voluntária. Nos últimos quatro, na Casa de Apoio São Vicente de Paula, onde ajuda a cuidar de 68 crianças e jovens com câncer que estão sendo submetido a tratamentos. Lá, trabalha no mínimo três vezes por semana, das 14h às 17h, mas está sempre disponível.

Ela conta que faz de tudo um pouquinho: atende ao telefone, recepciona o público, orienta os novos voluntários, cuida das crianças e acalenta as mães. Também é a responsável pela vida social do lugar. Organiza festas e eventos externos como bingos e almoços para arrecadar verbas para a instituição.

- Nasci com o dom de me dedicar ao próximo. Sou enfermeira aposentada e fico realizada de poder fazer o bem às pessoas. É muito gratificante ver a alegria das crianças nas festas que realizamos. Sinto a alma lavada nesses momentos. Aliás, se eu pudesse escolher a hora da minha morte, certamente, seria depois de ter organizado uma festa para essas crianças - afirma.

Lili diz que aos poucos quase toda família foi se envolvendo com suas boas ações:

- Meu marido chegou a dizer para eu parar de ficar trabalhando tanto para os outros, mas ele vem me ajudando bastante.

A aposentada Mariana Azevedo Abicalil, de 66 anos, tornou-se voluntária há 18 anos. Começou em instituições que cuida de crianças. Mas há oito anos se encantou com os idosos, e, desde então vem trabalhando como voluntária no Abrigo Cristo Redentor, em São Gonçalo. Sua inspiração surgiu dentro de sua casa. Seu marido há muitos anos é um forte atuante no abrigo.

Mariana conta que sua dedicação passou a ser integral. Há cinco anos, depois da morte de sua filha, passou a trabalhar no abrigo em tempo integral, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Muitas vezes também trabalha nos fins de semana. Ali são atendidos 170 idosos, sendo que faixa etária média é de 75 anos. Muitos deles sem recursos, outros são desamparados pela família.

- O amor que envolve doações é muito diferente, além de ser extremamente gratificante. Preencho aquele vazio da perda da minha filha que também era muito dedicada ao abrigo. Sem dúvidas ficam a saudade, mas é reconfortante ajudar a cuidar dos nossos idosos - afirma a aposentada.

Há cinco anos Maria do Socorro Oliveira Barbosa, de 70 anos, também decidiu experimentar o prazer de ajudar. Ela é uma das voluntárias da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). As segundas-feiras ela está no Lar Abrigo São Francisco, e, as quintas, no Largo Silvia Penteado Casa dos Pobres. Cada um dos abrigos tem, em média 40 idosos:

- É uma troca enriquecedora. Muitos deles são lúcidos. Dizem coisas incríveis. São lições de vida que recebo a cada dia. É maravilhoso sentir que mesmo depois de velha não fico à toa. Fico feliz de vê-los satisfeitos.

Segundo Sandra Rabello, coordenadora do projeto de extensão da Unati, há dez anos a instituição investe no Projeto Voluntariado na Terceira Idade, nos últimos dois o trabalho vem sendo aprimorado através de uma oficina, em que os idosos se aperfeiçoam recebendo conhecimentos sobre os movimentos sociais, o terceiro setor e a atuação de organizações não-governamentais. Sandra informou que a Unati tem parceria com quatro instituições asilares, que juntas atendem cerca de 200 idosos.

- A idéia é levar o conhecimento que os idosos adquirem para outros que não têm condições de irem à universidade. Atualmente participam ativamente do projeto 30 idosos, afirma Sandra.

bjs e votos de paz...


Nenhum comentário:

Paz!