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sábado, julho 25

A Arteterapia aplicada à Doença de Alzheimer

Alguns exemplos de técnicas utilizadas nas oficinas para pacientes com doença de Alzheimer: (em sentido horário) pintura em tela (fotos 1 e 2), escultura em papelão micro ondulado(foto 3)
Recursos artísticos estimulam o cérebro e auxiliam a atenção e concentração, incentivam a criatividade, auxiliam na percepção e estímulo visuo-espacial e melhoram a autoestima.

A medicina tem avançado muito nos últimos anos e tem propiciado à humanidade mais anos de vida. Entretanto, o acréscimo desses anos veio acompanhado de maior número de doenças ligadas à velhice. Entre essas doenças, a doença de Alzheimer. 

Sabemos que o tratamento farmacológico é essencial para a manutenção da pessoa por mais tempo em cada estágio da doença e, quanto mais cedo for diagnosticada, maior a perspectiva de melhor qualidade de vida durante os anos seguintes. 

Arteterapia 

Aliadas ao tratamento medicamentoso, existem as intervenções e terapias não farmacológicas, tais como arteterapia, terapia ocupacional, estimulação cognitiva, educação física, fisioterapia, etc., que são de grande valia para o acompanhamento do paciente. As pesquisas têm demonstrado que as pessoas que recebem essas terapias têm apresentado resultados muito bons no seu dia a dia, e essa diferença se reflete nas pessoas que se relacionam com elas, seus familiares e cuidadores. 

A arteterapia se utiliza de recursos artísticos para estimular o cérebro de diversas maneiras: 
1- Auxilia na atenção e concentração – por meio da execução da tarefa, o paciente manipula os materiais com o objetivo de finalizar o trabalho proposto; 
2- Exercícios de memória associados às produções podem ser desenvolvidos para estimular a área cerebral específica;  
3- Incentiva a criatividade – as diversas técnicas propostas deixam as pessoas livres para se expressarem, o que proporciona maior abertura na imaginação;  
4- Trabalhos tridimensionais auxiliam na percepção e estímulo visuoespacial.  
5- A combinação de cores e formas pode desenvolver o gosto estético e ampliar o repertório cognitivo;  
6- Melhora a autoestima – a pessoa percebe suas aptidões; mesmo quem nunca executou um trabalho artístico pode ser orientado para realizá-lo (os trabalhos propostos sempre devem estar dentro das possibilidades de cada indivíduo). 
As técnicas podem ser inúmeras, tais como: desenho, pintura, colagem, escultura e modelagem com materiais diversos (argila, cartões e papelão, massa de modelar), colagem, fotografia, etc. 

Oficinas 

As oficinas de arteterapia são mais eficientes no estágio leve e início do estágio moderado, situações em que o paciente terá maior ganho. Entretanto, no estágio moderado, o benefício se encontra na melhoria da autoestima, na ocupação do tempo com atividades prazerosas e, consequentemente, no bem estar geral. 

Os pacientes podem ser atendidos em grupos – os grupos devem ser formados de acordo com o estágio da doença – ou individualmente. Os atendimentos semanais são mais efetivos por terem continuidade e acompanhamento frequente.

Fotos: Eliana Cecília Ciasca (arquivo)


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