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sábado, maio 14

Pacientes com diabetes minimizam gravidade da doença


O diabetes é uma doença crônica que faz milhões de vítimas a cada ano, por isso já é considerado epidemia pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Só no Brasil são 14 milhões de portadores (cerca de 10% da população), sem contar as pessoas que não sabem que têm a doença ou ainda não receberam o diagnóstico. O tipo 2 da doença é mais comum (corresponde a 90% dos casos) e ocorre por dois fatores: insuficiência na produção de insulina ou resistência a ela. Embora a doença possa ser prevenida e tratada, minimizando, assim, suas complicações, isso dificilmente é levado em consideração por grande parte dos pacientes.

Dieta adequada, contendo legumes, verduras, fibras e carnes magras, além da prática diária de exercícios físicos e controle da pressão arterial são os pilares fundamentais da prevenção do diabetes. Mas, segundo o dr. Bruno Geloneze, endocrinologista e coordenador do Laboratório de Investigação em Metabolismo e Diabetes da Unicamp (Universidade de Campinas), as pessoas não têm consciência da gravidade da doença e acham normal conviver com índices de glicose acima de 200mg/dL, já que os sintomas da hiperglicemia não são tão aparentes. “É comum os pacientes dizerem: ‘meu açúcar é só um pouco alto’. As pessoas têm dificuldade de compreender as possíveis complicações que podem surgir se o diabetes não for controlado. Quase sempre há uma negação em relação à doença.”

Ainda segundo o médico, o aumento excessivo da glicose é altamente tóxico para órgãos como cérebro, rins, olhos e coração.  Quem tem diabetes tem risco de duas a quatro vezes maior de sofrer um infarto. “Isso nos angustia muito, pois é possível prevenir, temos remédios para tratar, mas os número de pessoas com a doença só cresce. Além disso, uma doença que antes aparecia aos 50 anos, agora surge aos 15”, afirma o especialista.

Panorama do diabetes nas Américas

O diabetes é a quarta causa de mortes no Brasil (a primeira ainda é o infarto). De maneira geral, o cenário da doença nas Américas do Sul e Central não é nada animador. A região gasta cerca de 12% de seu orçamento total de saúde com o tratamento de adultos com a enfermidade.

Entre os países das Américas, só não estamos piores que o México, que conta com 14% da população com a doença. O país já ultrapassou, inclusive, os Estados Unidos como o país mais obeso do planeta. Para tentar frear o crescimento absurdo, em 2014 o governo mexicano introduziu um imposto de 10% sobre o preço das bebidas adoçadas. Se antes era mais barato comprar uma Coca-Cola que uma água no México, hoje ele é um dos poucos países do mundo a taxar os refrigerantes.

Segundo o dr. Ruy Lopez Ridaura, do Instituto Nacional de Salud Pública do México, pesquisas feitas na instituição estimam que, com o imposto de 10%, de 400 mil a 630 mil casos de diabetes deixarão de surgir até 2030. “É um esforço grande que estamos fazendo para tentar conter essa epidemia. Foi bom, mas mesmo assim continua sendo insuficiente, porque o México possui as maiores taxas de mortalidade associadas ao diabetes. A mudança no estilo de vida da população contribuiu para isso, porque comer fora de casa se tornou cada vez mais comum”, ressalta Ridaura.

No Brasil, por enquanto, não há nenhum movimento no sentido de taxação de bebidas açucaradas. Mas cada pessoa pode fazer escolhas mais saudáveis e colocá-las em práticas. Se você tiver algum familiar com diabetes tipo 2, essa decisão deve ser tomada o quanto antes, pois nesse caso o risco de desenvolver a doença no futuro aumenta consideravelmente.

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