Paz e Amor!

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quinta-feira, novembro 18

NO CALOR DA MALAGUETA


   
Filomena, coitadinha
Meteu-se num bom bocado
Mas este não era doce
Era muito apimentado
Foi comer sarapatel
Na casa do seu Miguel
O seu querido cunhado

A Filó não se aguentou
E pediu uma pimenta
Lhe trouxeram a malagueta
Dizendo-lhe: esta esquenta...
Ela não acreditou
A comeu, se empanturrou
Ficou qual u'a ciumenta

Saiu fogo pelas "ventas"
Os "oio" ficou chorando
A língua tava vermelha
E a muié lamentando:
Eu acho que vou morrer
Vem logo me socorrer
Não pense que tô brincando!

Filomena, ai coitadinha!
Ficou muito aborrecida
Nunca passou tal vexame
Na trilha da sua vida
Pois iria se vingar
Daquele que a fez penar
Com pimenta tão ardida.

Os tempos foram passando
E a Filó se esqueceu
De um ardor miserável
Da pimenta que comeu
Ela mesma achou graça
Do que pensou ser desgraça
Mas que muito a apeteceu.

bjs,soninha

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