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quinta-feira, março 1

Doença de Parkinson e a alimentação


A doença de Parkinson pode interferir na alimentação?

Sim. Dependendo da fase em que se encontra, da dose do medicamento ou da etapa do tratamento, podem ser observados alguns sintomas que dificultam uma alimentação adequada. Alterações nutricionais, interações dos medicamentos com os nutrientes, problemas com o apetite, deglutição, mastigação, entre outros, podem ocorrer e podemos melhorar estas condições.

Que fatores podem estar prejudicando minha alimentação?

Alguns fatores, geralmente presentes em pacientes com doença de Parkinson, podem apresentar-se como risco para falta de apetite, perda de peso e conseqüentemente má nutrição. São eles:

• Problemas de dentição e dificuldades de mastigação e deglutição ( ato de engolir os alimentos líquidos e/ou sólidos);

• Pouca atividade física e imobilidade;

• Medicamentos usados na fase inicial da doença (anticolinérgicos, como Artane e Akineton e outros), interferindo na absorção intestinal, dificultando o seu funcionamento, provocando náuseas, vômitos, intestino preso ou boca seca (dificultando a formação normal do "bolo alimentar"), reduzindo a sensibilidade do paladar e olfato;

• Aumento do metabolismo e conseqüentemente das necessidades energéticas, facilitando a perda de peso;

• Falta de equilíbrio para preparar a própria alimentação ou a inexistência de outra pessoa que possa fazê-lo;

• Problemas com a postura e dificuldade em se manter ereto à mesa;

• Dificuldades motoras para manusear os talheres ( levar o talher à boca, cortar os alimentos ), devido ao tremor e/ou rigidez;

• Os movimentos do esôfago que ajudam a "empurrar" os alimentos para o estômago, podem estar prejudicados, provocando engasgos e dificultando a deglutição;

• Tremor e rigidez, especialmente nos músculos da face, dificultando a mastigação e deglutição;

• Hábitos alimentares inadequados.

Como obter uma alimentação saudável?

A alimentação é fator essencial para a promoção, manutenção ou recuperação da saúde. Tanto a qualidade quanto a quantidade dos alimentos ingeridos devem ser avaliadas, pois, a combinação dos dois fatores pode nos trazer benefícios específicos.
Sexo, altura, atividade física, estado nutricional, existência ou não de outras doenças e dificuldades físicas ou mentais influenciam direta ou indiretamente nossa dieta. Uma alimentação variada deve fornecer todos os nutrientes de maneira adequada.

Orientações para obter uma alimentação adequada:

• Procure variar ao máximo a sua alimentação, para receber todos os nutrientes e evitar possíveis carências;

• Coma diariamente frutas (pelo menos 03 unidades); verduras cruas (02 porções); verduras cozidas (02 porções); pães, bolachas, cereais (04 porções à sua escolha); feijão, lentilha, grão de bico, ervilha seca (01 02 porções à sua escolha); carnes (01 a 02 porções); leite, queijo, iogurte (03 a 06 porções);

• Faça de 05 a 06 pequenas refeições ao dia, evitando comer grandes quantidades de alimentos de uma só vez;

• Não deixe de fazer nenhuma refeição durante o dia;

• Procure ingerir uma média de 08 copos de água por dia (pode ser em forma de sucos não muito açucarados ou chás, exceto o mate e o preto);

• Se estiver perdendo peso, procure a nutricionista e avise ao seu médico;

• Se o intestino estiver preso, observe as orientações para melhorar seu funcionamento. Não desista e procure seguir todas as indicações diariamente;

• Procure fazer alguma atividade física que lhe agrade: fisioterapia, caminhada, exercícios na água, atividades domésticas ou qualquer outra;

• Não use laxantes sem prescrição médica;

• Evite o uso de doces, açúcar, frituras e gorduras em excesso. Substitua estas guloseimas por alimentos mais saudáveis como frutas, pães, leites, iogurtes, queijos magros. Dê preferência às carnes assadas, grelhadas ou cozidas com pequena quantidade de óleo;

• Cozinhe com óleos vegetais de qualquer tipo (soja, milho, canola, girassol), pois, não possuem colesterol;

• Não exagere no sal na hora de cozinhar e evite ingerir com freqüência salgadinhos, salames, embutidos, enlatados, carnes salgadas e outros alimentos salgados. Use mais temperos à base de ervas aromáticas (salsa, cebolinha, coentro, hortelã, manjericão e outros);

• Após o almoço e o jantar (ou refeição com algum tipo de carne) coma alguma fruta rica em vitamina C (laranja, mexerica, acerola, morango, goiaba, abacaxi) para facilitar a absorção do ferro (Lembra que as carnes brancas ou vermelhas são ricas em ferro?);

• No lugar de gorduras animais (banha, toucinho, manteiga) prefira óleos vegetais (soja, milho, canola, azeite, girassol) e margarina vegetal, de preferência do tipo "light";

• Evitar o consumo exagerado de alimentos industrializados (embutidos, enlatados e outros);

• Evite uso de alimentos ricos em cafeína (café, coca-cola, chás mate e preto), especialmente no fim de tarde e à noite, para não atrapalhar o sono;

• Evite o consumo excessivo de sal. Se você for hipertenso (mesmo tomando medicamentos) deve tomar cuidado com aqueles alimentos que já vêm preparados (enlatados, presuntos, salames, salgadinhos, carnes salgadas, , queijos salgados; 

• Você é o responsável por sua saúde. Seja independente de acordo com as suas limitações, aceitando ajuda de amigos, familiares, profissionais de saúde.

beijinhos...

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