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domingo, abril 26

Internação de idoso por Aids é recorde

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O número de internações de pacientes acima dos 60 anos com HIV nunca foi tão alto na RMC (Região Metropolitana de Campinas) quanto no ano passado. Segundo a série histórica do DataSus, banco de dados do SUS (Sistema Único de Saúde), de 2008 para 2014 a quantidade de idosos internados com a doença na RMC (Região Metropolitana de Campinas) cresceu mais de quatro vezes, de 48 para 203. Em relação ao ano anterior, a alta foi de 42,9% - foram 142 internações em 2013. 
A maior longevidade dos portadores do vírus, aliada a um maior contágio entre idosos, explicam o número, segundo especialistas. A faixa etária já é apontada por uma médica como um grupo de risco da doença.
O infectologista Arnaldo Gouveia Júnior, de Americana, que atende casos na rede privada e tem experiência também em atendimentos na rede pública, explicou que o contágio entre idosos se tornou preocupante em função da baixa adesão ao uso de camisinha desse grupo etário e à longevidade da vida sexual, potencializada por medicamentos estimulantes como o Viagra.

"Houve um aumento no contágio (para esta idade), pois é um grupo de idade que tem uma vida sexual maior do que no passado e com baixa aceitação à camisinha. Não podemos esquecer também que há internações de pessoas que já têm a doença há anos e que envelheceram", disse Gouveia. 


CAMISINHA 
Segundo Gouveia Júnior, a rejeição à camisinha tem explicação cultural. Idosos simplesmente não gostam ou não aceitam usá-las, e a redução da chance de gravidez em função da idade diminui a preocupação, afirmou. A especialista em saúde pública Carmen Lavras explicou que o histórico do HIV teve diferentes faixas etários de risco.

"Ao longo da história da doença, diferentes idades foram preocupantes, hoje os idosos são o principal grupo de risco", disse.

Os dois especialistas concordam que no Brasil a Aids, provocada pela manifestação do vírus, se tornou uma doença crônica, como a diabetes.

"O paciente já tem a Aids como um problema crônico, pelo qual vai precisar de cuidados médicos para toda a vida, mas sem o risco de morte do passado. Hoje, morre de Aids quem quer", diz Gouveia Junior.

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