Efeito pode ser mais forte entre os homens que realizam o procedimento ainda jovens.
O método contraceptivo da vasectomia foi associado com um aumento do risco de câncer de próstata de acordo com um novo estudo da Harvard School of Public Health (HSPH) e publicado no Journal of Clinical Oncology.
Os pesquisadores descobriram que a relação permaneceu mesmo entre os homens que realizaram o exame de PSA normal (teste que auxilia no diagnóstico de cânce de próstata), sugerindo que o aumento do risco de câncer letal não pode ser explicado pelo viés do diagnóstico.
A vasectomia é uma forma comum de contracepção nos EUA, com cerca de 15% dos homens realizando o procedimento. O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer entre os homens no país, por isso a identificação de fatores de risco para o câncer de próstata letal é importante para a saúde pública.
Os cientistas analisaram dados de 49.405 voluntários, que foram acompanhados por 24 anos, de 1986 a 2010. Durante esse período, foram diagnosticados 6.023 casos de câncer de próstata, sendo 811 letais. Um em cada quatro participantes havia feito vasectomia.
Os resultados mostraram um aumento de 10% do risco de desenvolver câncer de próstata em homens que realizaram o procedimento. O efeito parece ser mais forte entre homens que fizeram vasectomia em uma idade mais jovem.
Neste estudo, 16 em cada 1 mil homens desenvolveram câncer de próstata letal. Embora o aumento relativo do risco associado à vasectomia tenha sido significativo, isso se traduz em um aumento relativamente pequeno na diferença absoluta no risco de câncer de próstata letal, dizem os pesquisadores.
— A decisão de optar pelo procedimento como forma de controle de natalidade é altamente pessoal e um homem deve discutir os riscos e benefícios com o seu médico — conclui a autora e professora do Departamento de Epidemiologia na HSPH, Kathryn Wilson.
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